Já vi em muitas empresas que trabalhei, isso acontecer, existe um excesso de exigências absurdas para a vaga, como eu costumo acompanhar os processos seletivos de onde eu trabalho, vejo que a pessoa que foi contratada, não usa dez por cento do que foi exigido:
Um dos exemplos, é a novela da abertura da Apple Store brasileira, apesar de ter uma estrutura pronta para entrar em operação, a loja ainda precisa resolver um pequeno problema:
Até o momento, a Apple não conseguiu preencher as vagas disponíveis.
O problema aqui, de acordo com o Olhar Digital, não é a qualificação profissional dos candidatos, mas de nossa própria cultura.
“O Brasil tem um problema muito sério de atendimento, é raríssimo encontrar uma empresa que tenha bom atendimento por aqui” explica Mayra Fragiacomo, consultora de carreira da Job Transition.
Mas qual seria a maior falha no caráter dos brasileiros para fazer com que a Apple recuse todos os candidatos até o momento?
É aí que a situação complica:
A empresa não dá qualquer informação sobre onde os candidatos falharam, se resumindo a dizer que eles não foram aceitos.
Assim, ninguém sabe exatamente onde melhorar para tentar novamente.
Isso também se deve, em parte, ao método pouco comum para o público brasileiro que a Apple utiliza em seus testes.
O processo consiste em um bate-papo entre dez candidatos, que têm uma conversa descontraída enquanto recebem perguntas incomuns como “o que você faria para não ser contratado?”.
Agora, junte esses dois fatores e o resultado é que cada vez menos pessoas têm coragem de tentar uma primeira vez – quem dirá então uma segunda.
Muitas pessoas também criticam não apenas as qualificações exageradamente altas da empresa.
Alguns, como o operador de sistemas Gledson Luis Torres da Silva, apontam o próprio perfil que a Apple procura como o verdadeiro problema:
- “É muito ruim ser avaliado por algo que não é a sua competência, em si, e sim um perfil que a maioria dos brasileiros não têm”, explicou.
Fonte: Olhar Digital